quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Boni

Meu amiguinho, hoje estou de ressaca pela sua partida repentina. Sim, sei que já havia avisado três outras vezes que seu espírito, além de dócil, meigo e tão gentil, era ingênuo, à ponto de querer sempre descobrir o mundo depois do portão. Minhas lágrimas que não consigo segurar por agora, espero que sessem e essa dor passe, à medida que percebo que outra pessoa está sendo agraciada com sua companhia. Me perdoe meus momentos de falta de paciência, de irracionalidade e agressividade, mas sei que sempre me perdoava pois logo depois estava com seu rabinho a balançar de felicidade. Sinto muito sua falta como à tempos não sentia falta de um companheiro, desde que meu cachorro, o Manito, quase morre ao cair da carroceria do carro de meu pai, a uns 25 anos atrás. Hoje choro com a mesma intensidade de quando era um garoto pois era assim que me sentia ao chegar em casa e te ver feliz me dando boas vindas.
Se pudesse voltar e refazer seus passos, encontraria uma casa desolada e extremanete saudosa de sua pequenina e marcante presença. Espero, sinceramente que com sua doçura possa ter encontrado alguém que te trate muito bem, pois é um grande espírito que trouxe muita alegria em vários momentos em que eu estava desolado.
Desculpe mais uma vez, mas sempre quis primar pela sua segurança. Falhei e hoje só posso bater de bortão em portão na esperança de te reencontrar, com aquele olharzinho e rabinho abanando.
Saudades,


 

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