quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Inspirador.....


VIVER SEM VOCÊ

por Garambone 


Como viver sem você?
Como superar uma perda?
Como se adaptar a uma mudança brusca?
Como recuperar a motivação em outra cidade?
Como trocar a praia pelo interior?
Como?
Como?
O Vasco da Gama dá uma lição de vida a todos nós. E não é vida esportiva. É muito maior do que isso.
Não se trata apenas da fantástica superação após o trauma com Ricardo Gomes.
O assunto é Eurico Miranda.
Durante anos, muitos anos, Eurico foi o dirigente-mor do Vasco. Muitos amavam, muitos odiavam. Não é disso que vamos tratar. Eurico tinha um jeito de governar. Às vezes dava certo, às vezes não. O problema foi viciar o Vasco e os vascaínos, que simplesmente não imaginavam uma vida sem Eurico. Como se a centenária caravela estivesse condenada a navegar pelos próximos 100 anos em mares sempre navegados.
Eleito e reeleito várias vezes, Eurico mais parecia um patrimônio do Vasco. E vice-versa.
E o problema não era Eurico.
É muito maior.
Quantas vezes não nos pegamos morrendo de medo de mudar?
De mudar de pasta de dente.
De mudar de trabalho.
De mudar de amor.
De mudar de cidade.
De mudar de time…
Opa! Poesia tem limite. De time a gente não muda.
O Vasco provou que nada é imutável. Que muitas vezes não nos mexemos por puro medo do desconhecido. Pavor de tropeçar nos primeiros passos e não ter a força suficiente para caminhar os próximos metros.
O Vasco sem Eurico ficou sem dinheiro, ficou sem títulos, ficou escanteado, silencioso, vendo outros clubes enormes do Rio e do Brasil ocuparem os grandes espaços da mídia.
O novo presidente Carlos Roberto de Oliveira, mais de 1000 jogos atuando pelo time, derrapou, deslizou e foi parar na Segunda Divisão.
E quantas vezes não caímos para a Segunda Divisão depois de uma desilusão?
Levante o dedo aí o apaixonado ou apaixonada que, ao ser defenestrado pela paixão, não olhou a noite com a certeza absoluta que não haveria dia seguinte?
Três anos depois, o Vasco voltou a ser campeão e ainda pode ser mais duas vezes no mesmo ano. Se for ou não for é o de menos.
O gigantesco e popular Clube de Regatas Vasco da Gama. Que tanto nos ensina através da sua história contra a intolerância e o racismo. Quer lição maior do que ser um dos times mais populares do país mesmo tendo o DNA do colonizador?
E o Vasco, vô?
O Vasco mostrou que o medo de mudar não pode existir. Podemos até mudar para pior. Mas pelo menos mudamos.
Como ensinou o saudoso músico pernambucano Chico Science:
“Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar”.

domingo, 20 de novembro de 2011

Questionamentos







Hoje mais do que nunca repensei minha estada na Feafa - Fraternidade Espírita Francisco de Assis. Sei que sou o Presidente, mas sinceramente hoje a sensação de que lá não é meu lugar me veio forte demais. Não sei se é devido a forma que, ao final, todos simplesmente, pensando em si mesmos foram embora e me deixaram sozinho, às 00:00 para terminar de arrumar a sala e fechar o lugar. É, isso me deixou com uma sensação estranha mesmo. Estamos ali todos querendo ajudar, trabalhar com a caridade ao próximo, mas quando temos que ir embora, não lembramos nem um pouco de que se alguém ficar sozinho ali, no fim, e dependendo da hora, corre algum perigo. Sempre alguns amigos ficam comigo no fim, mas estes não estavam hoje, por isso fiquei sozinho. Me deu uma sensação vazia sabe, ruim, como nunca havia me sentido assim. Aí me perguntei: "- porque mesmo estou aqui?"
Sei que já cheguei mal. E estava mesmo. Mas quantas vezes não cheguei assim? Dessa vez, a forma que aconteceu no fim me ajudou a refletir mais. Talvez seja a hora de deixar a Fraternidade andar por suas próprias pernas, talvez ela já esteja apta a andar sem que eu ajude....quem sabe.
Tanto é que sinto a falta de ânimo de quem compartilhava sempre os projetos comigo, que nem mais ligar para tratar de pontos cruciais faz. Hoje ao final simplesmente virou-se as costas e "- tchau Daniel". É, tchau!
Nem comentários sobre a convocação de sexta-feira houveram, nem sobre meu pedido de ajuda de um lugar para guardar as cadeiras, nada.....
Talvez seja a hora exata para um "tchau" realmente. Quem sabe este "tchau" seja eu que tenha que dar para tudo que hoje me cerca?

Refletirei..... quem sabe preciso apenas disso?

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Meu retorno





Cada vez que me distancio, que me envolvo em projetos que apenas focam a parte material, o dia a dia, o cotidiano desta vida encarnada, minha espiritualidade fica desconectada. Estou ....estava, é a melhor palavra para descrever meu estado. Empolgado com as novas atribuições nas novas funções, e precisando estar ausente da minha via crucis, caí de cabeça. Foi ótimo, quer dizer está sendo, pois ganhei fôlego para decidir minha vida e perceber o quanto sou EU mesmo responsável pelo que hoje passo. Mas tudo tem um dia para acabar...quer dizer...para se transformar e sinto este dia já está me cercando. As vezes eu mesmo me questiono porque deixei isso tudo chegar onde chegou? Esperança....de que eu voltasse a viver o que vivia....de sentir em mim e do outro o que senti, do brilho voltar ao meus olhos. Por muito tempo, esta foi minha meta. Errei, mais uma vez, pois tudo na vida maior é para frente, evolução, nada hoje pode ser o que já foi um dia. Mas isto não é ruim, ao contrário, é ótimo porque o que era no passado foi naquele tempo e o que poderia ser hoje, seria melhor do que ontem. Mas, preso àquela ideia do passado, não me atentei que precisava buscar o hoje, o melhor. Aí me frustava cada vez que não acontecia como esperava e piorava tudo de novo. Assim, de frustrações em frustrações o gás acabou ne!
Mas enfim, queria mesmo dizer que neste ínterim, que comecei com novas atribuições que tanto me ajudaram a esquecer os tropeços acabei me desconectando da minha espiritualidade. Não é que tenha abandonado, mas é que quando você apenas pensa em coisas da vida material e esquece de ver a vida com olhos maiores tudo fica mais denso, pesado, difícil. A espiritualidade não me abandonou e volta e meia me mostra "provas" para os meus antigos questionamentos. E tenho percebido tais argumentações. Por isso, precisei vir aqui relatar isso neste meu mundo para deixar registrado que não podemos mais perder de vistar a vida maior, precisamos encarar tudo com uma visão ampla e não restrita, pois esta nos deixa desanimados, sem esperança ....sem forças. Eu confio e sei que tudo vai mudar. Não há mal que dure para sempre, nem bem que seja infinito! É tudo sempre dinâmico e volátil. 


Até....