quarta-feira, 26 de junho de 2013

Tem dias....

Mestre, tem dias que não dou conta.

Que tudo que digo que dou, vem junto, e me sinto fraco, sem forças, desanimado.

Sei que preciso seguir e que a cada dificuldade que enfrento é uma batalha que saio fortalecido.

Mas me questiono se estou sendo o melhor para as pessoas que me têm como algum exemplo.

Acho, as vezes, que nem para meus filhos sou um exemplo.

Já procurei meus erros afim de melhorar. Mas ainda assim não há melhorias, mudanças.

Então o que devo fazer? Como devo agir? As vezes me sinto um perdido que só fez besteiras.


Tem horas que é melhor apenas escutar. Não falar nada, porque se não a coisa fica pior e eu sempre me arrependo depois, sempre.
Coisas simples deveriam ser simples, só isso. Para todo mundo. E não para uns e sim para outros. Simples, é simples, não é?


Ir a diante algumas vezes é mais difícil do que aqueles que não precisam ir dizem que é. As vezes precisamos só de um colo. De uma palavra amiga, ou mesmo, de não se discutir nem se brigar naquele momento....só isso.


Mas quem dizer o que é melhor? Quem pode dizer se agimos certo ou se não? Quem pode dizer se o que fizemos vai, no fim, nos causar felicidade? É por isso que agimos, não é? Quem vai dizer que vamos ou não nos arrepender? Quem vai dizer que brigamos por tão pouco ou se o que hoje é motivo com o tempo vai se perder? Quem vai no fim lembrar do hoje e pensar como poderia ter sido se....

Quem pode nos explicar? Quem pode nos ajudar? Quem pode nos fazer ter paciência? Quem pode nos fazer saber esperar? Quem pode nos explicar qual o melhor caminho a ser tomado ou que deveria ter sido tomado?

Quem?

Apenas o tempo!

 Não apenas 10 meses. Qualquer que corra, que passe, que aconteça, vai transformar tudo em nada. O que hoje é irrefutavelmente certo em idiotamente teimosia.
Mas porque mesmo? pela simplicidade? ou por estar certo ou errado? Por procurar a felicidade ou para parar de chorar e voltar a sorrir? Valerá a pena?





quarta-feira, 19 de junho de 2013

Teus olhos

Lembro, como se ainda hoje tivesse acontecido.

Sempre, todas as manhãs quando acordava, meu olhos, ao se abrirem, encontravam ali, bem adiante, bem próximo, você ainda dormindo.

Os lençóis brancos, os travesseiros grandes, teus cabelos levemente arrumados, alguns fios caindo no seu rosto, enquanto você ainda dormia.

Ficava admirando sua paz, sua tranquilidade enquanto me rendia cada vez mais a este sentimento que renascia dentro de mim.

Desde a primeira vez que meus olhos se reencontraram com os seus senti que algo estava diferente.

Mal podia acreditar que agora, finalmente você estava ali. Juro que cheguei a duvidar, a não mais crer que isso seria possível.

Pela fresta que há no telhado desce um pequeno raio de sol que ilumina um ponto do nosso quarto. É como se Deus nos abençoasse.

Olho o quarto. Muito simples, como todo o resto. Uma cômoda velha divide o espaço com a nossa cama, de ferro, antiga, com um colchão que ganhamos, usado. Os lençóis, os únicos que temos, foram presentes também. São usados e estão até meio encardidos. A nossa casa, simples como o conjunto, estava abandonada. Estou tentando reformar algumas partes para que quando o inverno chegar possamos estar mais confortáveis.

Mas nada disso importa. Quando desperta, teu sorriso muda tudo. As cores se intensificam. Ganham vida e renovação. Você sempre abre os olhos e sorrir para mim. Fecha novamente e continua sorrindo. Sempre foi assim. Sempre. Mesmo em silêncio eu digo que sempre estarei ali e agradeço este presente que o bom Deus me deu - você.

"Que lindo dia meu amor". Você sempre dizia isso. - Sempre eram lindos com você ao meu lado, sempre, sempre.
Sua mão vinha de encontro ao meu rosto. Mãos pequeninas e finas, encontravam meu rosto e faziam o mesmo trajeto de sempre. Passavam até meus cabelos, enquanto eu fechava meus olhos.

Como uma menina, você se levantava e saltitava até o banheiro. Eu sempre acompanhava teus passos pelos cômodos, sempre.

E quando passava de novo pela cama eu te agarrava e puxava para onde nunca devia ter te deixado sair, entre meus braços e ficava admirando teus olhos, sempre.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Em busca de elevação


Hoje, a cada experiência que tenho, no dia, paro e reflito o porque que estou tendo-a.

Isso tem me dado mais consciência dos meus atos e não raro, tenho percebido meus deslizes.

Isso tem me feito perceber algumas ações que antes não percebia.

Não estou fazendo um post de reconhecimento de quanto errado fui ou de quanto imperfeito sou.

Para isso não precisava escrever.

Escrevo para chegar a conclusões, a respeito do que observo em mim, que não quero mais e que preciso modificar, mas também do que não ando tendo mais paciência. Sim é uma auto análise.

Isso tem se tornado algo que esta fugindo do meu querer consciente, algo que vai depurando meus pensamentos e por conseguinte, minhas ações.

Percebo que ando cansado de joguinhos. Não agüento mais fazer nem ser colocado em joguinhos. 

Não tenho mais espaço para meias palavras ou brincadeiras de se magoar, de se valorizar.


Cansei de exageros de falas, de sentimentos, para causar impactos nas falas, para se chamar ou ter atenção.


Percebi que muitas vezes acusei outros de coisas que eu tinha de forma mais acentuada. Como fiz isso.


Percebi que outras vezes queria dizer alguma coisa, algo que estava entalado em mim e simplesmente achava que me calar era uma posição elevada, boa, pois evitava o confronto.


Outras, morria de ciúmes e simplesmente fazia-me de  desinteressado para que o outro sentisse meu desprezo.


Quantas vezes fui grosso e me fiz de rogado, esperando que o outro viesse atrás para eu assim me sentir especial.

Mas quer saber? tenho coisa boas também.

Sou um pessoa que busca companheirismo como um explorador perdido busca localização.
Nada mais me fascina do que demonstrações de companheirismo desinteressados.

Sorrisos felizes quando me vêem. Abraços com o coração quando se vão. Dizer-se e sentir-se sobre sentimentos, e não esconder-se. 
Falar, conversar, ajudar, como gosto de fazer o outro feliz ajudando, me disponibilizando a ajudar.
Gosto de surpreender. Gosto de ver a surpresa nos olhos. Sou dedicado.
Sinto saudades, e como. Todas as vezes que do nada digo oi, esta palavrinha está carregada de muita, mas muitas saudade.

Gosto de pegar em cabelos, na verdade gosto de tocar o outro. Sou assim, de toque. Mas sempre que há ofensividade ou dissimulação, rejeição ou menosprezo me afasto e fico de longe. Como disse não participo de jogos de cena. Tenho meu tempo e nele sou intenso.

Não preciso de humilhações e não costumo durar muito no papel de ser humilhado. Quando fico em silêncio e distante começo a me desconectar, quando estou a todo momento em busca, falando, puxando assunto, estou próximo.


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Nada mais importa






Sigo.

Sim, apesar de tudo, sigo sendo o mesmo.

Já ouvi várias opiniões sobre mim, sobre minha forma de agir e de ser.

Muitas delas chegaram a ser entendidas por mim como a verdade.

Outras davam uma conotação de que eu havia mudado, mudado para o pior.

Eu me ressentia disso. Doía  Era porque eu mesmo não sabia quem eu era, quem eu sou.

Andei pensando, buscando, as vezes, uma forma de voltar para aquele eu que , então havia fugido, sumido, corrido, desaparecido.


Mas, cheguei em um ponto em que me deparei com uma questão.

Será que todos que afirmaram essas coisas de mim, olharam ou se preocuparam em olhar para dentro de si mesmos e perceber onde eles estavam? Será que eles me perguntaram se, no caso então, eu, me senti como quando eles começaram a agir de forma diferente de como costumavam a agir ou como diziam e criticavam posturas de outros que agiam da mesma forma?


Mas hoje percebo que continuo, na minha essência, o mesmo.

Continuo, romântico, ingênuo, e de certa forma, esquecido. Hoje, é claro, mais velho, mas no íntimo, da mesma forma.

Como percebi isso?
Vendo fotos antigas. Foda. Mas necessário. Foi bom. Ainda mais pela constatação que somos nos que damos a verdadeira importância ao que temos em nós, em nosso íntimo. Que ninguém mais dá a devida importância que nos damos. Cada um tem uma forma de ver e de sentir, e nem por isso, é de forma alguma algo errado.


O brilho nos meus olhos, o sorriso.....mas o cabelo, quanta diferença.

sábado, 1 de junho de 2013

do começo






de volta ao inicio do caminho....

daqui vejo tudo de novo acontecendo....

o mesmo dia....

as mesmas frases, mãos, toques, olhares....um dejá vu tortuoso....

as mesmas ações...

lembranças renovadoras.

Assim é a vida, não é mesmo? de idas de vindas, de términos, de voltas? de recomeços, de esperanças....


De madrugadas acordadas.....


é.....assim mesmo.