Curioso como venho observando como as relações tem desmoronado cada vez mais. Evidentemente quando as relações são aquelas em que estamos vinculados as pessoas por um sentimento, acreditamos fortemente que um "eu te amo" será algo decididamente eterno. Mas será que este desmoronamento tem a ver com o desaparecimento do amor então? Ou talvez na verdade nem tenha acontecido. Pode ter sido um exercício de apego? Como assim? Se é estabelecido uma condição para que ele exista, se há demandas, expectativas por um comportamento alheio, o amor não poderá acontecer ou ter acontecido. Mas se ao contrário, aceita o momento como ele é, descobre que não precisa de mais nada, e isso, é o amor!
O amor é destruído pela posse. Quando se estabelece condições, você se torna o centro do relacionamento, e o outro se torna periferia. Se o outro se torna um meio para a sua satisfação, você tem prazer através dele, se realiza através dele, mas o amor não acontece. Para que aconteça é preciso uma completa fusão e a consequente morte do "eu".
Nenhum encontro pode ser real se for através do ego e da mente. Por isso é difícil para a maioria das pessoas - elas querem controlar, ditar regras, culpar, reclamar sobre as posturas alheias. Acreditam que o problema está no outro e procuram solucionar os impasses modificando o outro. Quantas vezes já foi dito: Você não me ama, você não me dá atenção, você não se importa comigo. Esperamos que o outro se modifique e nos atenda para assim podermos nos sentir amados, quando na verdade precisamos disso para nos sentir seguros e nosso ego satisfeito. Somos seres competitivos e por isso necessitamos de redes e manisfetações publicas de amor, para sermos aprovados pela platéia e assim nos sentirmos aceitos na sociedade, sendo um sucesso, ao contrário do nosso rival, que deve ser um fracasso.
E assim vamos tropeçando, entre gritos, e vazios intermináveis.