terça-feira, 25 de setembro de 2012

AMOR - este estranho e tão necessário


"Amor é um ingrediente sutil da consciência.
É capaz de mostrar o sentido profundo da existência.
Amor é a única "droga" legal.
Alguns procuram equivocadamente no álcool e em outras "drogas" o que o Amor produz. Amor é o sentido mais necessário da vida.
Os sábios conhecem o segredo e só procuram Amor. Os outros o ignoram e por isso procuram o externo.
Como obter Amor?
Nenhuma técnica serve, porque Amor não é material. Não está submetido às leis do pensamento e da razão. Elas é que estão submetidas a Ele.
Para obter Amor, deve-se saber antes que Amor não é um sentimento, mas um Ser. Amor é alguém, um Espírito vivo e Real, que quando entra em nós, chaga a felicidade, chega tudo.
Como fazer com que Ele venha?
Primeiro deve-se acreditar que existe (porque não se vê, só se sente) (alguns o chamam Deus), depois deve-se buscá-lo em sua morada íntima: o coração.
Não é preciso chama-lo porque já está em nós.
Não é preciso pedir-lhe que venha, mas deixá-lo sair, liberá-lo, entregá-lo.
Não se trata de pedir Amor, mas de dar Amor.
Como se obtêm Amor?
Dando Amor.
Amando.

-Então o amor é um ser. Isso não aparece em nenhum livro que eu tenha lido -disse eu.
Ami sorriu e ligou os controles.
-É lógico que aparece. Em um.
-Em qual, Ami? Esse eu não li.
O menino do espaço começava a divertir-se.
-Leu, sim. Mais ainda: você o escreveu. Ali aparece.
-Em "Ami"?
-Em "Ami" -respondeu Ami.
-Não me lembro...
-Então leia de novo. Algumas pessoas falam de "possessão demoníaca", quando alguém comete barbaridades. Podem imaginar que as forças negativas formam um ser. Mas, se alguém está com o amor, ninguém pensa em falar de "possessão divina". Vocês são muito interessantes... Pense nisso. Melhor ainda é colocar em prática o conselho de Krato.

Vinka aproximou-se de mim.
-Para mim vai ser muito fácil... agora.
-Espero que você consiga estender o seu afeto para além de Pedrinho. Seu povo precisa de você, em Kia. Antes que voltem, mostrar-lhes-ei algumas gravações...
-Para que voltaremos a Kia? -perguntei alarmado.
-Não disse que estamos indo exatamente para Kia, mas o momento vai chegar.
-Então... não tem remédio?
-Vinka não pode ficar aqui para sempre. Ela deve voltar para seu mundo, escrever outro livro, continuar servindo. Você deve fazer o mesmo em seu planeta, mas antes vejam isso.
Detrás dos vidros, apareceu um mundo cinza-escuro. Não nos interessou: nem a mim, nem a Vinka. Ambos permanecemos de mãos dadas, olhando-nos com tristeza.
-Chega de dramas baratos -exclamou nosso amigo sorrindo.
-É que vamos nos separar...
-E qual é o problema? Não estarão afastados para sempre. Logo terão oportunidade de estar unidos eternamente. Vamos, vejam isso: a destruição de um mundo! -procurou entusiasmar-nos.
Nem mesmo aquela notícia nos interessou. Estávamos muito tristes.
Ao ver-nos assim, Ami apagou a imagem. Depois nos disse:
-Parte da evolução consiste em aprender a superar o apego, porque o espírito procura a liberdade.
-Mas nós nos amamos...
-O verdadeiro amor não é apego. Não aprisiona nem se aprisiona. Liberta e se liberta. Aqueles que se amam de verdade não precisam estar grudados como siameses... há, há! Querem receber esse castigo na próxima encarnação?"


Trecho do livro " A Volta de AMI.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Desejos? Elevação espiritual e paz



Fogo em cima, fogo embaixo: a chama da vida

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O trigésimo hexagrama do I Ching é puro fogo, Daniel. E o fogo é brilhante, chama a atenção. Entretanto, este elemento retira sua força sempre de algum combustível, pois ele depende de combustíveis para existir. Podemos entender isso tudo da seguinte maneira, Daniel: todas as coisas que você deseja (para onde você dirige o seu fogo interior) são o alimento para que você mantenha acesa a sua chama vital, o seu entusiasmo. Somos muitas vezes tomados por desejos muito intensos e são estes desejos que mantêm aceso o impulso vital. Entretanto, a realização de um desejo dá lugar a outro, e a outro, e a outro. Logo ficamos insatisfeitos, ainda que pensemos que aquilo que queremos conquistar é a melhor coisa do mundo. Tão logo conquistamos, passamos a desejar outra coisa. Por isso, este hexagrama é uma faca de dois gumes pra você, Daniel, pois se por um lado ele sugere que você irá realizar vários desejos um atrás do outro, atraindo as coisas para si como que por mágica, por outro lado você termina se escravizando por aquilo que conquista e percebe que a insatisfação nunca passa. Por isso mesmo, o I Ching chama a sua atenção para a necessidade de uma atenção maior dada à vida espiritual e não apenas a conquistas mundanas.

O futuro desta situação


QUARTA LINHA MUTÁVEL: A esperança deve ser cultivada, pois num futuro próximo há o risco de você se comportar de uma maneira preocupada demais. Não permita que pensamentos negativos abafem as chamas dos seus desejos.
QUINTA LINHA MUTÁVEL: Num futuro próximo, os desejos mais profundos do seu coração passarão por uma mudança verdadeira e positiva. Você passará a desejar coisas mais elevadas, deixando para trás quereres infantis.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Devaneios....

O calor arranca de mim uma temperatura, alta....

O suor acompanha...

O cheiro da pele salgada estimula.....

As roupas estão no chão......

Fico sempre assim....nu...diante das paredes, da temperatura, das sensações que me dominam.....

Minha mente toma conta, e não consigo mais domar o que em mim há de sobra.....sempre

Meu ímpeto assume conta da minha respiração....

Aumenta o batimento cardíaco...o cheiro o suor...

Vejo você, ali, na minha frente...

Inerte como sabe que eu gosto que fique, a espera, domada, sedenta, tremendo por dentro....

O ambiente não importa pois espero toda a noite....

Me aproximo de ti, analisando suas reações, sua respiração ofegante a cada passo meu...

Sinto você me acompanhar os movimentos pelo canto de teus olhos...com um meio sorriso, faceiro, arteiro....

Sei o que me pede....sinto seus pensamentos....nisso somos um....

Sei o que me oferece....sua submissão, sua entrega....

Você me pede, me implora, me ordena.....

Eu toco sua pele sob a roupa, tão desnecessária....levanto a saia, rasgo, arranco sem cerimônia....

Seu controle desaparece...

O meu, transforma-se em loucura....

Pensamentos, porquês, se, mas, depois, antes, NÃO EXISTEM!

Dois corpos nus se tocam, ambos com temperaturas altas, suor exalando....o gosto da pele salgada entorpece....

Sua pele mesmo na escuridão mostra-se branca....

Meu encaixe pela suas costas é singular....

......


Mais uma vez será uma noite difícil de ser dormida, apenas.....




Esperança


"O Comandante tomou a palavra:
-Como lhes foi informado, vocês estão incluídos dentro do gigantesco Plano Cósmico Evolutivo para seus mundos. Uma grande quantidade de servidores participa deste Plano. Alguns, estando encarnados nesses mundos, participam por enquanto, de forma inconsciente; outros o fazem conscientemente. Irmãos de planetas superiores aos seus também trabalham nesta missão de ajuda e, por último, outros irmãos que já  não estão sujeitos às limitações de um corpo densamente material, também colaboram estreitamente com o Plano. Todos trabalhamos em tempo integral, até o último alento de vida no corpo que ocupamos, até que o Íntimo nos chame para servi-Lo em outros planos. A nossa recompensa é cumprir com o que nos dita a nossa consciência. Somos movidos unicamente pelo Amor. Vocês devem saber que mudanças muito importantes e profundas se aproximam. Nós estamos fazendo o que podemos, para evitar o impacto negativo desses acontecimentos. O resto, vocês mesmos deverão fazer. Devem compreender que é o Espírito da Força Criadora que rege o fluir da vida no universo e Ele é todo amor. Se não se deixam reger pelo amor estão atuando contra as leis universais, portanto, não podem ter harmonia em suas vidas pessoais nem em suas relações sociais ou internacionais. O desconhecimento da lei de Deus, por parte da grande maioria, é a causa e a raiz da dolorosa situação que os homens atravessam agora e que pode levá-los à destruição total. Estamos inspirando muitas pessoas em todos os países. Enviamos mensagens com ensinamentos e instruções, mas não podemos evitar que algumas delas sejam distorcidas pelas crenças particulares daqueles que as recebem. Isto produz confusão e desalento. Entretanto, dia após dia, tudo ficará cada vez mais claro. Também estamos inspirando obras de literatura, musicais, filmes e outras manifestações culturais e estamos fazendo todo o possível para que sejam difundidas, porque são uma semente de amor para as consciências e também uma preparação para o "grande encontro".
Ami interferiu para explicar:
-Vocês não estão separados para sempre de seus irmãos do universo. Quando deixarem de viver divididos por injustiças e violência, ignorando o Reitor do universo, o Amor, vocês ingressarão na Fraternidade. 
"Será por volta do ano cinco mil e quinhentos", pensei, ao recordar as pessoas das ruas de meu mundo. O Comandante, obviamente, "escutou-me".
-Se não estivesse para ocorrer algo diferente, o processo poderia demorar milênios ou não se realizar nunca. Mas aproximam-se fenômenos que não poderão ser explicados por nenhuma teoria. Nesses momentos, vocês deverão recordar nossas palavras, expressas tanto pelos Mestres de ontem como pelos de hoje. Deverão compreender que a única coisa que pode lhes salvar da iminente destruição é reconhecer a universalidade do amor e reger-se por ele em todas as situações de suas vidas. Se não o fizerem, não o merecerão nem poderão sobreviver. Resgataremos os que o fizerem. O "trigo" será separado do "joio".
Estamos servindo a um Plano Divino, decretado pelos desígnios do Criador, desde a eternidade. Nós somos seus agentes. 
Colocou-se de pé.
-Isto é tudo, queridas crianças. Agora deixo vocês nas mãos do Capitão que dirige o nosso trabalho que procura evitar grandes perdas de vidas neste ponto do planeta. 
Neste momento, entrou o homem de quem se falava. Estava vestido como nosso pequeno amigo e não era tão alto como o Comandante. 
Disse-nos:
-Vou mostrar-lhes como podemos diminuir os efeitos de um terremoto que se aproxima. Sigam-me, por favor -guiou-nos com carinho e grande suavidade.
-Vão com Deus -expressou o Comandante, enquanto colocava suas grandes mãos sobre nossos ombros -e lembrem-se de que vocês estão protegidos. Não temam nunca. Nós os salvaremos de todos os perigos, mas não abusem desta proteção, violando o que é natural e prudente. Neste caso, não poderemos fazer nada. Não se esqueçam de colocar minha mensagem em seus livros. Se pudéssemos, nós a proclamaríamos dos alto-falantes de nossas naves, introduzir-nos-íamos nas suas transmissões de rádio e televisão e nos faríamos plenamente visíveis; mas não nos é permitido fazer isso. Nossa palavra fraterna somente poderá se enviada através de canais que possam ser comprovados unicamente pelo sentido interno, justamente este que devem desenvolver para evoluir e salvar-se. Esta é a outra poderosa razão que nos impede de mostrar-nos de forma mais aberta e em massa... meditem nisso. 
Deixou-nos na porta do elevador. A última coisa que nos disse foi:
-Meu amado irmão maior recomenda-me que lhes transmita seu grande amor por todos os que sofrem. Ele quer que saibam que não descansou um só dia desde a aparição do Homem e que não o fará até que todos vivam em paz e felizes e que vocês também não devem descansar, porque todos são suas mãos e bocas. Até logo, amigos. "

Trecho do livro A volta de AMI 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Inferno astral?


Lago em cima, fogo embaixo: a maturidade

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I Ching


A água do lago se choca com o poder do fogo, criando um efeito poderoso, intenso: o efeito da maturação das energias. Algo que foi iniciado tempos atrás está se desenvolvendo numa forma madura, consistente. Neste momento, toda sorte de transformações se dará numa velocidade estonteante e aquilo que é velho e superado será posto para fora, para que a nova forma possa ocupar o lugar. A idéia fundamental deste hexagrama é a idéia de progresso, Daniel. Você sentirá grande satisfação ao entender que fez boas escolhas e que tais escolhas conduziram você a resultados efetivos. Observe também, Daniel, que a intensidade transformadora do momento pode desequilibrar você temporariamente. É a mesma sensação de quem estava num barco parado e eis que repentinamente o vento sopra e tudo começa a avançar. Entretanto, o solavanco não é nada que o derrube, muito pelo contrário, é algo que o desperta. As pessoas ao seu redor estão vendo o que está acontecendo e sentindo orgulho de você. Boas novidades para o momento, Daniel!

SEGUNDA LINHA MUTÁVEL: Alguém poderá tentar desequilibrar você no que diz respeito à questão que mentalizou, Daniel. Alguém que deseja a mesma coisa que você ou que se opõe ao seu desejo. É possível que espalhem um boato com seu nome. A melhor forma de cortar esta energia é não dar atenção a ela. Dê tempo ao tempo, pois a própria vida se encarregará do seu inimigo.

QUARTA LINHA MUTÁVEL: Esta linha levanta uma questão importante, ....

Graças

Sabe,

lendo algumas passagens, algumas histórias, aqui neste meu mundo, não contive o pranto. Inevitável perceber a grandeza dos acontecimentos, a chance abençoada de crescimento, e até mesmo, a dor descrita nas palavras, aqui impressas.

Algumas verdades aqui, são minhas, eu sei. Podem não concordar, não aceitar, se entendiar, mas são minhas e são colocadas de forma simples como nascem dentro de mim.

Aqui, relendo algumas passagens percebo a riqueza que me cerca. A espiritualidade que me ampara, os amigos amados que eu tenho, a vida maravilhosa, encarnada que estou levando.


Sim, não é o fim de um sofrimento mas também não é a perduração deste.

É a vida. Simples assim, simplesmente bela, singular e rica. Há percalços, mal entendidos, mas sinceramente, todas as vezes que uma pontinha de certeza retorna ao meu ser encarnado recordo os momentos precedentes desta vinda, desta encarnação e percebo uma paz, uma felicidade de estar cercado por todos que fizeram e fazem da minha existência algo melhor.

Não que isso tenha posto fim as minhas dores da alma, nem que meus fantasmas estejam resolvidos. Mas no meio de um deserto de dor, angústias e lágrimas, algumas vezes encontramos oásis de bem estar, de redenção, de certezas. Estas acontecem comigo todas as vezes que penso em vocês!

Amo-os.

obrigado pela chance de desfrutar de tais experiências ao lado teus.

domingo, 16 de setembro de 2012

Assim seja




A falta que me faz....

me empurram para outro lugar....

O medo de lutar....

me fazem ir me deitar.....

Mas algo me acorda....imagens, sons, lembranças, sorrisos, olhos

Por um momento, apenas um breve momento....

Volto não sei de onde, sinto, não sei bem o que me falta...

Você me ajuda, sei que assim faz...

Estou aqui, mergulhado neste mundo, nesta vida, neste ínterim....

Procurando através de palavras, de musicas, algo que me reaproxime

Que me traga, que me leve, que me liberte, que me aprisione, que me defina

Suas palavras surgem em minha mente,

Sua imagem? Segredo.....

Um leve sorriso no canto da minha boca....sabe bem como é, nee?

Mudar, preciso mudar....

Cabelo, barba, corpo, tudo que é transitório....

para assim me desapegar.....

Nada, nada, preciso ter calma, confiar....afinal é para isso que serve não?

Eu aqui e você aí?

distantes, longe....ausentes,

é assim....



Another of the same - wish you were here




Olho, procuro,

Penso, reflito,

Chamo, grito,

Os ecos não me deixam saber onde estou,

As vezes o silêncio é confortante, na maioria torturante,

Prolongo ir descansançar....pois o que descansará?

Os sonhos se afastaram,

Mas o caminho permanece.

Apesar de tudo, os amanheceres são cercados de um doce mistério,

De uma força que me empurra a recomeçar,

A vida passa lá fora e não posso ficar aqui, deitado.

Afinal assim deve ser,

Afinal assim tem sido,

Noites aflitas e manhã renovadoras,

Aprender requer empenho,

Requer ajustes, amadurecimento, mudanças, lágrimas,

Assim os dias vão passando, vão trazendo, vão levando....









sábado, 15 de setembro de 2012

Só isso....mas além

O Hoje vivo o que eu imaginava não mais viver....
A alma reclama,
O espirito grita,

Não durmo, insônia, calor, angústia, vontade de escrever, de ligar, de falar, mas o silêncio me segura, me corrói, me dilacera, me faz relembrar as dores minhas da alma, do coração.


Apenas como companhia a vista da janela, mostrando luzes e poucos movimentos.

Releio mensagens passadas, escritas, gritadas, percebo nelas uma tentativa, uma forma de se dar adeus.

A dor volta mais implacável. Realmente a solidão é um amargo remédio.

Estou perdendo o sentido das coisas. Os porquês a minha volta.

Muitos acham que sabem os motivos. Poucos realmente entendem, ou melhor, quase ninguém.


Através de um diagnóstico, achei que a angústia aumentaria, mas a vida é mesmo engraçada, este tem sido um motivo de alento, alívio....curioso.


Sinto falta, saudade...será que um dia isso amenizará?

Não queira entender de que. Não sabe. Ou melhor já soube, mas duvida demais para imaginar, para ter a certeza.


Mais um dia, e eles têm passado comigo no piloto automático. É assim, e por um tempo continuará sendo.


A mesma música, não consigo deixar de ouvir. A mesma, a mesma, e sempre a como se fosse a primeira vez.

Sei que vocês querem que eu escute-os. Voltarei. Não deixei. Vou escrever. Vou mudar, vou, eu vou, ai então isso será algo no passado e essas letras apenas uma memória para que eu lembre.

Quanto às pessoas talvez se arrependam, pois oportunidades devem ser encaradas, sem o medo da dor, sofremos porque temos medo de sermos felizes, aí perdemos a chance, a pessoa.

Ainda além.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Escuta comigo?




O amor esse estranho, louco e necessário......

É né, fazer o que?


Pólipos da Vesícula


Sintomas de pólipo da vesícula biliar
- Grande maioria não apresenta sintomas e descobre-se a presença do pólipo durante exame de imagem para outra finalidade
- Quando presente: Cólica biliar (semelhante à daqueles com pedra na vesícula) é o sintoma mais comum. A dor na barriga costuma ser do lado direito, abaixo das costelas, podendo se apresentar em crises acompanhadas por náuseas, vômitos e falta de apetite.
- Raramente pode haver icterícia (amarelo nos olhos), hemobilia (sangramento nos canais da bile) ou inflamação da vesícula biliar (colecistite aguda).

Diagnóstico de pólipo da vesícula biliar

O  ultrassom da vesícula biliar detecta pólipos e cânceres da vesícula biliar em mais de 90% dos casos. Por haver uma imagem bem típica durante o exame, um examinador experiente pode diferenciar o pólipo de uma pedra da vesícula. Alguns autores sugerem o uso associado de doppler ou de microbolhas com a ultrassonografia.

No entanto, muitas vezes as imagens precisam ser complementadas para uma melhor avaliação do tipo de pólipo e do potencial grau de malignidade. Para isto o exame que vem sendo cada vez mais utilizado é o ultrassom endoscópico. PET scan, tomografia e ressonância são raramente utilizados na maioria dos casos de doenças biliares. Tomografia computadorizada com uso apropriado de contraste, e interpretação por um radiologista experiente, pode contribuir pra diferenciar o pólipo de um tumor verdadeiro (Adenoma ou adenocarcinoma).

Outros exames de sangue podem demonstrar alteração do fígado, dos canais biliares, do pâncreas e sinais de infecção. Marcadores tumorais como CEA e CA 19-9 podem ser usados pra auxiliar no risco de malignidade.

Diferenciação entre pólipo benigno e maligno

Utiliza-se uma combinação de fatores para esta diferenciação. Dentre eles:
- Idade: indivíduos com mais de 50 anos tem maior chance de apresentar um tumor do que um pólipo de colesterol.
- Tamanho atual e crescimento do pólipo: aqueles menores de 5mm são sempre considerados benignos e os maiores de 1cm têm chance de até 70% de serem malignos. O problema é o grupo com tamanho entre 0,5-1cm. Aqui se avalia o crescimento em exames de ultrassonografia repetidos.
- Número de pólipos: os de colesterol são geralmente múltiplos, tumores malignos são geralmente únicos, raramente ultrapassando mais de 3 lesões.
- Formato do pólipo: aqueles com “pescoço” (pedunculados) tem risco menor de apresentarem malignidade do que pólipos sem “pescoço” (sésseis).
- Presença concomitante de pedras na vesícula ou de uma doença do fígado conhecida como colangite esclerosante primária  são fatores adicionais para o risco de malignidade.

Tratamento de pólipos da vesícula biliar

Acreditamos que mais que remédio, exames de ultrassonografia repetidos ou cirurgia é de extrema importância que se ensine aquele portador de pólipo sobre suas características, sintomas, risco de malignidade e necessidade de tratamento.

Pacientes sem sintomas com pólipos menores de 5mm devem-se acompanhados com exames de ultrassonografia repetidos de 2-4x ao ano. Embora controverso acredita-se que a maioria dos pacientes com pólipos entre 5-10mm possam ser aconselhados a realizar seguimento com ultrassonografia em intervalos de 6-12 meses. Em caso de crescimento se indica a remoção da vesícula biliar.
 
Pacientes com sintomas, ou portadores de pólipos maiores de 1cm, com crescimento documentado pela ultrassonografia ou associados à colelitíase (alguns incluem aqueles com pólipos sésseis, únicos ou maiores de 50 anos também neste grupo) devem ser aconselhados a terem a vesícula biliar removida, pela cirurgia chamada de colecistectomia videolaparoscópica. Este método traz todos os benefícios da cirurgia minimamente invasiva. Neste método, são realizados quatro pequenos cortes) no abdome do paciente, por onde são introduzidas as pinças e a câmera de vídeo e a vesícula biliar é removida pelo umbigo.

Alguns especialistas sugerem que pólipos grandes (>2cm) devam ser removidos por colecistectomia aberta. Outra opção, nos casos de maior risco que o pólipo seja maligno indica-se realizar exame no microscópio ainda na sala de cirurgia (chamado de congelação), para se verificar a presença ou  não de malignidade. Em caso de presença de câncer se indica, na maioria dos casos, ainda durante esta cirurgia. a remoção também de parte do fígado (hepatectomia) e gânglios da região (chamada de linfadenectomia), de forma semelhante àqueles pacientes com câncer da vesícula biliar. Quando tumor de vesícula for encontrado está também indicada linfadenectomia e de parte do fígado (hepatectomia).


Origem: www.cirurgiahepatogastro.com.br

Arrepios....




Apareceu uma cor rosada pelas janelas.
-Já chegamos, Pedrinho, olhe pela jan...
O interior da nave ficou banhado pela suave cor desse céu cor-de-rosa, ou melhor, lilás claro. Senti-me cheio de uma reverente espiritualidade.
Minha mente deixou de ser a habitual, e é muito difícil para mim explicar como foi mudando minha consciência. Não via a mim mesmo como o "eu" de agora, não era um menino terrestre, senão que muito mais que isso. Senti que aquilo que estava vivendo e de alguma maneira já o tinha vivido, não era desconhecido para mim, nem aquele mundo nem aquele momento. Ami e a nave desapareceram, eu estava sozinho, vindo de muito longe para um encontro por muito tempo esperado.
Desci flutuando das nuvens rosadas e luminosas, não havia nenhum sol ali, tudo era realmente suave. Apareceu uma paisagem idílica: uma lagoa cor-de-rosa na qual deslizavam aves parecidas a cisnes, talvez brancas, mas o lilás do céu tingia tudo. Ao redor da lagoa havia ervas e juncos de diferentes tonalidades de verde, alaranjado e amarelo-rosado. Nos arredores, ao longe, podiam-se ver suaves colinas forradas de folhagens e flores que pareciam pequenas gemas brilhantes de diversas cores e tonalidades. As nuvens apresentavam diferentes matizes de rosa e lilás.
Não consegui saber se eu estava nessa paisagem, eu ela estava dentro de mim, ou talvez formássemos uma unidade, mas o que mais me surpreende hoje, é que a folhegem... cantava!
Certas ervas e flores balançavam-se emitindo notas musicais ao ritmo de seu movimento, outras, que o faziam em outro sentido, emitiam notas diferentes. Aquelas criaturas eram conscientes; os juncos, ervas e flores cantavam e se balançavam ao meu redor e nas colinas próximas dali; formavam o mais maravilhoso concerto que jamais havia escutado. Tudo era uma consciente harmonia.
Passei flutuando por sobre a beira das águas. Um casal de cisnes, com vários filhotes pequenos, olhou para mim através de suas máscaras azuis, com fineza e respeito; saudaram-me dobrando com elegância seus compridos pescoços. Correspondi inclinando-me suavemente, mas com grande afeto. Os pais ordenaram a seus pequenos que também me comprimentassem. Acredito que o fizeram atravéz de uma ordem mental ou de um levíssimo movimento; os filhos obedeceram inclinando também suas cabeças, somente que não com tanta elegância nem harmonia; por um momento perderam o equilíbrio, para depois recuperar a estabilidade e continuar avançando com certa arrogância infantil que me inspirou ternura. Retribuí com carinho, simulando uma grande cerimoniosidade.
Continuei meu caminho flutuando até o lugar do encontro. Tinha um encontro marcado com "ela", desde a eternidade dos tempos.
Ao longe apareceu uma espécie de pagode ou pérgola flutuando perto da beira. Tinha um telhado ao estilo japonês, sustentado por finos bambus, entre os quais cresciam trepadeiras de folhas rosadas e flores azuis que formavam uma espécie de parede. Sobre o chão de madeira polida havia almofadas com grandes franjas coloridas; do teto pendiam pequenos enfeites, como incensários de bronze ou de ouro e jaulinhas para grilos.
Sobre as almofadas estava "ela", senti-a próxima, imensamente próxima, contudo, era a primeira vez que íamos nos unir...
Não nos olhamos no olhos, queríamos prolongar os momentos prévios, não havia que apressar nada... tantos milênios havíamos esperado já...
Fiz uma reverência a qual ela respondeu sutilmente; entrei, comunicamo-nos, mas não com palavras; teria sido vulgar demais, pouco harmonioso nesse mundo e naquele encontro tão sonhado. Nossa linguagem consistiu em um ritual artístico de leves movimentos de braços, mãos e dedos, acompanhados de algum sentimento que enviávamos vibratoriamente. Quando a linguagem falada é insuficiente, o amor nos pede outras formas de comunicação...
Chegou o momento de olhar aquele rosto ignorado: era uma bela mulher de traços orientais e pele de um azul claro. Cabelos muito negros, partidos ao meio. Tinha um sinal no meio da testa.
Senti muito amor por ela, e ela por mim. Chegava o momento culminante. Aproximei minhas mãos às dela... e tudo desapareceu.
Estava ao lado de Ami, na nave, a neblina luminosa e branca indicava que nos havíamos ido daquele mundo.
-...ela... 
                  oh,
                                 você
                                              já
                                                               voltou
                                                                               -disse Ami.
Compreendi que tudo aquilo tinha sucedido numa fração de segundo, entre o "jan" e o "ela" da palavra "janela" que Ami pronunciou apenas apareceu a cor rosada detrás dos vidros. Senti angústia, como quem
desperta de um belo sonho e enfrenta uma opaca realidade... ou era ao contrário? Não seria este um mau sonho e o outro, a realidade?
-Quero voltar! -gritei. Ami cruelmente me havia separado "dela", dilacerando-me, não podia fazer isso. Ainda não recuperara a minha mente habitual, o outro "eu" estava superposto à minha vida real. Por um lado era Pedro, um menino de nove anos, por outro lado era um ser... por que não podia recordar agora?
-Não chegou a hora -Ami tranqüilizou-me com suavidade-, você vai voltar... mas não ainda...
Consegui acalmar-me. Soube que era verdade, que voltaria, lembrei-me dessa sensação de "não apressar as coisas" e fiquei tranqüilo. Pouco a pouco fui voltando ao normal, mas já nunca seria o mesmo, agora que havia deslumbrado outra dimensão do meu próprio ser... Eu era Pedro, mas momentaneamentre, por outro lado era muito mais que Pedro.
-Em que mundo estive?
-Em um mundo localizado fora do tempo e do espaço... em outra dimensço por enquanto.
-Eu estava ali, mas não era o de sempre... era "outro"...
-Você viu o seu futuro, o que você vai ser quando completar sua evolução até certo limite... duas mil medidas, mais ou menos.
-Quando vai ser isso?
-Ainda lhe falta nascer, morrer, nascer várias vezes, várias vidas...
-Como é possível ver o futuro?
-Tudo está escrito. A "novela" de Deus já está escrita, você pulou várias folhas e leu outra página, isso foi tudo. Era preciso, é um pequeno estímulo para você renunciar definitivamente à idéia de que tudo termina com uma morte a mais, e para que escreva para que outros o saibam.
-Quem era essa mulher? Sinto que nos amamos, inclusive agora.
-Deus a colocar muitas vezes ao seu lado. Às vezes você a reconhecerá, outras não, vai depender do seu "cérebro do peito". Cada alma tem um único complemento, uma "metade".

-Ela tinha a pele azul!
-E você também, somente que você não se olhou num espelho -Ami ria novamente de mim.
-Agora tenho a pele azul? -olhei minhas mãos intranqüilo.
-Claro que não. Agora ela também não...
-E ela, onde está neste momento?
-No seu mundo...
-Leve-me até onde ela está, quero vê-la!
-E como você pensa reconhecê-la?
-Tinha rosto de japonesa... apesar de que não me lembro dos seus traços... tinha um sinal na testa...
-Já lhe disse que agora ela não é assim -Ami ria- neste momento ela é uma menina comum e normal.
-Você a conhece, sabe quem é?
-Não se apresse, Pedrinho, lembre-se que a paciência é a ciência da paz, da paz interior... não queira abrir antes da hora um presente surpresa. A vida vai guiá-lo... Deus está detrás de cada acontecimento.
-Como a reconhecerei?
-Não com a mente, não com a análise, não com o preconceito, somente com seu coração, com amor.
-Mas, como?
-Observe-se sempre, especialmente quando você conhecer alguém, mas não confunda o interno com o externo..."

Parte do Livro AMI - o menino das estrelas - I

Chega nee!

Tem umas horas que é preciso por um fim naquilo que não evolui mais.

Eu não consigo fazer isso, até perceber o quanto de idiota eu sou.

Nessas horas me sinto péssimo.

As vezes a única coisa que eu esperava era um colo, um amparo, um " sim, pode vir", sem cobranças nem críticas.

Mas as pessoas precisam se preocupar com elas mesmas.

E eu avalio o porque eu não me preservo? Escuto asneiras, provocações, rispidez, desabafos....depois me vêm com desculpas. E eu relevo. Sério, sempre relevo, deixo pra lá. Como sempre eu sou o responsável né, sou quem já fez e faz, quem provoca as dores do outro, tenho que ser compreensivo para escutar as palavras duras e acusativas, pois "a pessoa precisa desabafar."


Mas não me venha com soberba. Não me venha com ar superior. Não me venha "cuspindo no prato que come." Meu sangue ferve! Não quer falar comigo? Ok! Não quer? Ok. Mas por favor não precisa me machucar, tá?


Aí resolvo romper com isso tudo que me machuca. Cada um age da forma que sabe e com as armas que têm. Se está até agora assim, tem horas que isso estoura em mim e eu não seguro mais a onda. Foi  isso. É melhor!
Seja feliz, otário eu não serei mais!


E sim, isso é um desabafo, não gostou? não venha aqui!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Submergindo





Desculpem-me, mas aqui é onde busco minha serenidade, escrevendo, lendo, refletindo. Aqui eu tento entender-me e assim permanecer coerente, por mais que isso seja algo que à muito estou distante.

Fora o fato que preciso, tenho a necessidade de escrever mas preciso fazê-lo de forma indireta, pois, preocupo-me com as pessoas a minha volta, e isso não há como eu mudar, e assim, tenho uma necessidade de escrever sem que minhas palavras causem estragos, sem ser compreendido, escrever e não me fazer entender.


Relatos, como fazer? Descrever o que anda dentro de mim, o que sinto, minhas angústias, medos,
desesperos, e por fim a busca por uma serenidade.


O caminho até aqui foi rico, sem dúvida. Dolorido com certeza. Hoje uma série de sentimentos me tomam. Hoje uma série de vozes se calam. Outras aparecem.
Ontem a presença de vocês, espiritualidade amiga, pela voz de uma vovó foi singela, minhas lágrimas que lutam para não cair (quem dera fossem mais fáceis), ontem estavam à beira de se lançarem, eu as segurei pelo local, pelas pessoas à volta. Em senti amparado. Apoiado. Afagado. Sinto falta disso. Como ela mesmo disse: " é um molecão que teve que aprender a ser gente grande muito cedo." O carinho no toque, as palavras, o abraço, me fizeram voltar aos tempos em que minha avó afagava meus cabelos, enquanto eu ficava deitado em seu colo. Sempre adorei isso.

Sabe, a solidão ensina. Não estou e nem quero ser o coitado. Apenas estou relatando, constatando. Sei que foram, aparentemente, escolhas minhas. Aparentemente, porque nunca fui inconsequente nem insensato a ponto de me achando vitima sair agindo pela emoção, sem raciocinar. Ao contrário sou muito racional e tento manter um equilíbrio entre o que minha emoção deseja e o que minha mente fala o contrário. Por isso tudo que "aparentemente" eu escolhi adveio de posturas, atitudes, falas, reações. No fim, as coisas até se mostravam diferentes, mas isso já não havia acontecido outras vezes? Seria eu um louco então por ficar com pés atrás?

As vezes fico sufocado. Outras fico pensativo. Nestes tempos, já avisados à mim, eu percebo alguma sabedoria e, poderia dizer, coincidências nas atitudes, mas na verdade são consequências de algumas ações. A eminência da mudança, o incio de um novo ciclo. Necessário, importante, para que o novo surja. Para isso há de haver a desconstrução, a descontaminação, a perda do fascínio, o abandono, a exclusão, o fechamento, o cadeamento, o retirar da vida, o silêncio, a desilusão, a revolta, o se sentir idiota, a verificação de que existem qualidades, o magoar, o julgamento, as suposições.

Nestes momentos tenho medo. Sim, confesso. Olho ao redor  não vejo nada, nem ninguém. Sinto palavras na minha mente, me dando força, me dando apoio, me dando suporte. Mesmo assim ando solitário, receoso, triste, desanimado. É como se estive ao lado. À margem da minha própria vida. Tentando sorrir quando olham para mim, responder, "tudo bem" quando perguntam e seguindo inerte na mesma direção. O problema é de madrugada e pela manhã. Estes são os dois momentos mais difíceis.

Rogo que eu tenha a paciência para entender, a resignação para suportar, a força para levantar, a coragem de sorrir, a sensibilidade para chorar, a sabedoria para amadurecer e o amor para me transformar.


Até....

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Onde estou

Vez por outra os acontecimentos me levam a repensar meus passos. Algo natural quando analisamos que sou alguém imperfeito e que busca o aprendizado.

O problema, ou melhor, não seria problema mas sim a dificuldade é o que advém destes passos descompassados.

Sinto falta da minha psicóloga, que num período deste, estaria me fazendo refletir mais e assim podendo perceber as nuances importantes. Me ajudando a tirar um pouco o peso que sempre tenho nas minhas decisões. Me ajudando a acreditar que mereço ser feliz, que mereço errar e que isso não é motivo para que eu queira carregar aqueles que sofrem com as minhas possíveis falhas, nas costas. Mas nestes tempos de "vacas magras" preciso me concentrar mais em mim e nos meus passos desproporcionais e tentar não perder as unhas das mãos e os cabelos da cabeça, resumindo, não me desesperar.


Sei que poderia, posso, ter feito muito coisa diferente, mas gente, na boa, sou eu, poxa, será que não posso usufruir das minhas próprias decisões?

Será que as nuances dos acontecimentos são tão ruins que superam os prazeres da minha companhia?

Como sempre faço nestes períodos, preciso refletir.

Minha vida é meio como uma praia sabe. Sempre vai e volta. Não, mas não deste jeito que você está imaginando. Muitas vezes percebo que vou, vou, vou e quando olho não sai do lugar. Isso tem uma explicação. Muita gente acha que de onde olham, eu ou estou torto ou estou indo na direção errada. Eu me guio muito por estas pessoas que estão "fora" da água. Para mim, que está dentro, de forma ate inocente, eles teriam mais condições de me guiar do que eu próprio. Ledo engano. Afinal são minhas pernas, meu esforço, o gosto salgado em meus lábios. Isso por si já me faz especialista. Mas minha falta de confiança me deixa assim, inerte, algumas vezes, indeciso, outras, e instável vez por outras. Aí é claro, quem está de fora, critica, julga, diante do que eles vêem que seja passos errados ou inércia. A maioria das vezes eles olham para mim e esquecem de perceber que estão da mesma forma que eu. É assim mesmo ne?

Vez por outra fico fora do eixo e nervoso por haver tantas sugestões. Se tantos tem tanta certeza do que seria bom ou melhor para mim porque suas próprias vidas vez por outras sofrem revestrés? Talvez falte um pouco de sensibilidade da minha parte de aceitar o que faço e não aceitar que me rotulem de errado.

Na verdade hoje não é um bom dia para vocês virem aqui. Vão se contaminar com esta energia que em ronda e que só me deixa com vontade de uma coisa, sempre, chutar tudo para o alto e deixar tudo o que faço. Meio como se fosse para me punir, meio como se fosse para reconhecer minha incapacidade de colher os frutos da minha caminhada. Estou exausto hoje. Não mais que outras vezes nem menos que o cotidiano. Apenas como corriqueiramente me sinto. Um nada diante de oportunidades abençoadas de mudança. Nestas horas a negação, a falta de tato, de sensibilidade, a minha forma desinteressada de agir e de dar importância aos outros, na verdade é uma forma de me proteger de colocar meus espinhos para fora numa tentativa de parar a dor dentro de mim. Sei que isso não resolve, mas é uma ação inconsciente.

Por enquanto é assim. Meio turbilhão meio inconstância. Mas vai passar, sempre passa.


Um mês

Um mês pode ter vários significados para uma mesma pessoa, não é mesmo. Por isso pode ser medido de inúmeras formas.

podemos medir em horas:
720 horas

Ou em minutos:
43200

O tempo, neste caso representa, para quem analisa de "fora" o espaço temporal que se sucederam os 30 dias, ou como resumimos, o mês.
Para quem vive o mês pode representar inúmeras medidas de contagem do tempo. Assim é a vida de cada um, uma forma particular de agir e de reagir aos acontecimentos do dia a dia.

Pode ser um silêncio enorme preenchido com ecos de uma vida, que lá fora passa sem que se tenha ânimo para ir de encontro à ela.
Pode ser um conjunto de sorrisos vazios no meio de hipócritas críticas e sugestões de como "seria", se fosse "eu no seu lugar".
Podem ser julgamentos e pré-conceitos criados no meio de uma tempestade de incertezas.
Pode ser o fechar e o abrir dos olhos, num mesmo lugar num mesmo instante sem que os sonhos venham me arrebatar.
Podem ate ser gemidos, sussurros, meio desconfiados entre a realidade e o que será de fato a realidade.
Podem ser ligações não atendidas e a angústia estabelecida.
Podem ser mensagens de texto, de e-mail, escritas, vividas e sentidas.
Podem ser indiretas que deixaram de ser e que hoje apesar de serem diretas se escondem diante do medo de ser o que são, querendo disfarçar para não provocar o que já provocaram.
Pode ser o nascer e o poente, ou o poente e o nascer.
Podem ser de novidades que dão medo e de uma rotina que dá normalidade.
Podem ser de aberturas de portão e de escadas à cima e à baixo.
Podem ser de olhares que dizem muito e de palavras que nada transmitem.
Pode ser de saudade, de pensamento, de vontade, de busca, e de solidão.
Pode ser de aprender a fazer coisas simples e de reaprender a fazer coisas complexas.
Pode ser de se fazer silencioso com as mãos e de não conseguir calar o próprio coração.
Pode ser de escrever muito para não ser compreendido em nada.

Assim um mês se foi. Que venha o próximo.



   






All of my love





"O que mais devo querer?
A pele imaculada, o corpo perfeito,
a bolsa cheia, a bolsa ou a vida?
Acho que, pensando bem,
com altos e baixos, dores e amores,
e cores e sombras,

eu ainda prefiro a vida."


[Felicidade, por Lya Luft]








"Um pedaço de mim reclama tempo para viver,
outro assume a responsabilidade e quer apenas trabalhar.
Um pedaço de mim quer viver um grande amor,
e entrega-se sem medidas,
o outro tem medo, já sofreu decepções e por ele,
nunca mais me ap
aixonaria.

Um pedaço de mim é brincalhão e vive rindo,
outro é triste, tem momentos de puro isolamento,
Um pedaço de mim quer vencer, é pura euforia,
Outro quer apenas viver, deixar a vida me levar...

Um pedaço de mim sofre com a dor dos outros,
outro quer que eu cuide apenas das minhas dores,
que não são poucas, já que vivo em conflito,
entre o que eu sou e o que eu gostaria de ser,
entre o que tenho e aquilo que gostaria de ter,
e, se um pedaço de mim sente-se satisfeito,
o outro grita por novidades, por consumo,
por gente, por beijos e amores inconstantes.

Nesse turbilhão, acordo todos os dias,
tentando unir esses dois lados que coexistem em mim,
e que por mais diferentes que sejam,
ainda assim, só querem mesmo,
o melhor para mim.

Hoje eu junto o ser e o querer,
o que fui e o que desejo ser,
para cumprimentar a vida,
abraçar meus sonhos e pedir passagem
simplesmente para ser feliz. "


[Paulo Roberto Gaefke]








"Tenho aprendido com o tempo que quando julgamos falamos mais de nós do que do outro. Que a maledicência acontece quando o coração está com mau hálito. Que o respeito é virtude das almas elegantes. Que a empatia nasce do contato íntimo com a
s nuances da nossa própria humanidade. Que entre o que o outro diz e o que ouvimos existem pontes ou abismos, construídos ou cavados pela história que é dele e pela história que é nossa. Que o egoísmo fala quando o medo abafa a voz do amor. Que a carência se revela quando a autoestima está machucada. Que a culpa é um veneno corrosivo que geralmente as pessoas não gostam de ingerir sozinhas. Que a sala de aula é a experiência particular e intransferível de cada um."

[Ana Jácomo]








"Olhando daqui, percebo que pessoas e circunstâncias tiveram um propósito maior na minha vida do que muitas vezes, no momento de cada uma, eu soube, pude, aceitei, ler. Parece-me, agora, que cada uma, no seu próprio tempo, do seu próprio mod
o, veio somar para que eu chegasse até aqui, embora algumas vezes, no calor da emoção da vez, eu tenha me rendido à enganosa impressão de que veio subtrair. A vida tem uma sabedoria que nem sempre alcanço, mas que eu tenho aprendido a respeitar, cada vez com mais fé e liberdade.

O tempo, de vento em vento, desmanchou o penteado arrumadinho de várias certezas que eu tinha, e algumas vezes descabelou completamente a minha alma. Mesmo que isso tenha me assustado muito aqui e ali, no somatório de tudo, foi graça, alívio e abertura. A gente não precisa de certezas estáticas. A gente precisa é aprender a manha de saber se reinventar. De se tornar manhã novíssima depois de cada longa noite escura. De duvidar até acreditar com o coração isento das crenças alheias. A gente precisa é saber criar espaço, não importa o tamanho dos apertos. A gente precisa é de um olhar fresco, que não envelhece, apesar de tudo o que já viu. É de um amor que não enruga, apesar das memórias todas na pele da alma. A gente precisa é deixar de ser sobrevivente para, finalmente, viver. A gente precisa mesmo é aprender a ser feliz a partir do único lugar onde a felicidade pode começar, florir, esparramar seus ramos, compartilhar seus frutos.

Tudo o que eu vivi me trouxe até aqui e sou grata a tudo, invariavelmente. Curvo meu coração em reverência a todos os mestres, espalhados pelos meus caminhos todos, vestidos de tantos jeitos, algumas vezes disfarçados de dor.

Eu mudei muito nos últimos anos, mais até do que já consigo notar, mas ainda não passei a acreditar em acaso."


[Ana Jácomo]

Na Sua




Escrevo porque minhas palavras saem com uma violência que invariavelmente irei me arrepender.

Ou melhor, escuto porque pela música posso me comunicar em todas as direções.


domingo, 2 de setembro de 2012

Una vida, una historia, un sentimiento




cierra los ojos y escucha....


Déjate llevar.....

o caminho....

"Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós. 
De todos os lados somos pressionadosmas não desanimados; ficamos perplexos,mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos. 
Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo. " 2 Co 4. 7 - 10









As vezes olhamos e não vemos.....
sentimos e não entendemos,
Queremos e sofremos...

pedimos e não percebemos,
Oramos e nos perdemos.
Choramos e não aprendemos.


Quando a dor se tornar sua única companheira
Quando as lágrimas cessarem,
Quando os olhos se acostumarem com a escuridão

Aí talvez entendamos os porquês.

Até lá vamos seguindo, na esperança de acertarmos.
Mas tropeçando nas tentativas.
Pois assim aprendemos.

Mas até quando?


Muitas dúvidas pairam,
Muitas interrogações giram.

O caminho só existe quando você passa.

Até...