Curisoso...
nos ensinaram tanta coisa equivocada, aprendemos tanto que nos causam tanta dor. E como isso tudo nos machuca, nos maltrata, ativa nossos traumas.
Não sabemos amar, pouco entendemos sobre o amor, mas o amor nos persegue.
Acreditamos que quando temos crises de ciúmes isso é manifestação do amor, do gostar. Não é!
Temos a certeza que conseguiremos mudar o outro, e tentamos de todas as formas, e no fim, quando a relação não dá certo, dizemos, que não era pra dar mesmo, mas não aceitamos o outro como ele é. Algumas vezes refletimos sobre nossa próprias atitudes. Na maioria das vezes o vazio volta a tomar conta.
As atitudes do outro precisam existir para você se sentir valorizado, feliz, seguro, amado?
Ver a vida de óticas diferentes, é claro, gera desconforto, criticas e é claro, um sentimento de não se adequar, de não conseguir ter sucesso nas relações, principalmente as íntimas.
Não é fácil. A todo momento há uma necessidade de colocar o outro numa concepção, num padrão, para termos o controle e minimizar nossos medos, nossos traumas. Talvez seja utopico a possibilidade de se viver algo que seja leve, ate porque a vida não é leve. Evidente cobranças existem de ambas as partes, mas ate onde sabemos dosar isso?
De alguma forma o que geralmente te acompanha é a solidão.
Hoje só consigo ficar quieto e ir, seguir, fazer como sempre fiz.....apenas ir...renascer...afinal isso tenho feito.
Geralmente a dor que dilacera nos marca para a nossa vida, daqui para frente....a memória da dor provoca uma avalanche dolorida....
Observo cada situação de forma única e isolada, e tenho uma visão particular. Quando olho novamente de forma mais ampliada, credo, aí vejo as conexões e similaridades entre as situações. Cada reflexão feita por mim sobre os ocorridos me faz , no meu íntimo, reavaliar tudo que me cerca e o que me atinge. Percebo de forma clara que o mundo, principalmente o emocional está repleto, hoje em dia, de uma idéia que toma conta. Que as mulhres são, por "gravidade" vitimas constantes dos abusos sofridos nas relações intimas. Curisoso é que o mundo em volta qualifica, nomeiam as atitudes, masculinas, que provocam tais estragos. Nunca concordei que isso fosse uma caracteristoca masculina, a possibilidade de numa relação afetiva, provocar estragos emocionais. Na sua grande maioria, hoje, tais narrativas destorcem a autoria, reforçam a caracteristica de vitimas das mulheres. Isso não ajuda em nada pois, tira o foco de si, das escolhas, das prórpias responsabilidades para culpar o outro.
Sigo meu caminho de reflexão, observando que no limiar das coisas, muitas bocas dizem eu te amo, nenhuma aceita vc como é.