segunda-feira, 23 de junho de 2014

Ode ao normal

Minhas lágrimas, delas não posso culpar-te,
não posso abrir mão,
não posso compartilhar

São minhas cicatrizes de quando tive que me ver,
me escutar,
me redimir

Meus erros, não posso deles me envergonhar,
me eximir,
me culpar

São meus guias de como preciso continuar, mudar


Meus olhos, mostram como tenho vida, mas por vezes se fecham querendo a morte.


Minhas incertezas, delas preciso
para me fazer decidido,
para me fazer duvidas


Minhas qualidades,  a elas não posso me agarrar
me satisfazer
me confortar

São espelhos do que serei, mas armadilhas do que ainda não sou

  
Minha Falta de iniciativa
não pode me descrever, me resumir....


Pois tenho mais que não vês,
que não vias
e que possivelmente não verás


Minhas dores, delas preciso tocar, sentir,
pois serei eu um ser perfeito,
se doí é porque algo errado está?
Se não, porque redirecionar a rota? a Nota? a cabeça, o coração?


Minhas certezas, delas estou distante
pois estou atordoado, perdido e sem identidade
Procurando algo que sempre fiz,
mas encontrando algo que nunca quis

Minhas angústias, como sempre me fazem refletir,
Tão necessárias
tão descaradas e cretinas

Sou eu um ser egoísta?
Melindroso,
Orgulhoso,
Vaidoso?
Manipulador?
Ou constrangedor.
Que mente
ou que é inocente?
Que ama?
ou só te ama?
Indeciso
ou
Machucado.....


terça-feira, 10 de junho de 2014

Relacionamento bom é o relacionamento leve

Vivemos em um mundo turbulento, cheio de necessidades e anseios que partem de nossos corações confusos. Isso porque é natural da alma humana grandes lacunas no que tange ao equilíbrio emocional. Somos naturalmente carentes, existimos para a vida com o propósito de evoluir - até sabemos disso, mas queremos colo, queremos carinho, apoio, afeto.

Mesmo nos momentos que sabemos que temos que ser fortes e precisos nas atitudes, para enfrentar nossos maiores desafios, ainda assim, temos o costume de "vacilar". Ah, como gostamos de um colo! Como queremos um ombro amigo, um apoio incondicional, sem julgamentos... Contudo, muitas vezes, é esse sentimento que nos torna infantis, dependentes e fracos emocionalmente. Mas é importante que se entenda, que uma pessoa forte emocionalmente não é alguém duro, empedrado, com a face e séria. Uma pessoa forte com suas emoções é aquela que compreende os papeis de cada um e sabe dar limites para os sentimentos. Em outras palavras: é alguém que reconhece as suas próprias responsabilidades emocionais e seus limites, bem como as responsabilidades de terceiros.

Nos relacionamentos, buscamos a força que acreditamos serem necessárias para nosso "reforço" emocional. Nas relações conjugais, principalmente, procuramos no outro aquilo que sonhamos para nós, por conseqüência criamos uma projeção. Quando encontramos alguém que nos mostra aspectos aos quais somos carentes, imediatamente, irracionalmente ou instintivamente, nos encantamos, ou melhor, nos fascinamos.

Esse fascínio é o maior causador de confusões, porque sua conseqüência é a ilusão. Nos iludimos que o outro pode nos suprir daquilo que carecemos. E isso é ilusão!

Uma ilusão que começa quando, de forma equivocada, passamos a procurar no outro o que deveríamos buscar em Deus. Nitidamente começamos a nos alimentar dessa energia, mudando a origem, fonte dessa vibração essencial, nos alimentamos do manancial errado. E como sabemos, se nos suprirmos de energias que não vêm de Deus, da Fonte Divina, acabaremos por nos transformar em seres dependentes, e, mesmo inconscientemente, nos tornamos obsessores.

É triste ou difícil aceitar não é? Pois é a mais pura realidade...

Quando as emoções nos relacionamentos são intensas, viscerais, frenéticas, não é amor de verdade. Quando procuramos no outro aquilo que não encontramos em nós, estamos alimentando um vício de relacionamento, que como já comentado é um processo obsessivo, que tende a desgastar muito rapidamente uma relação.

As emoções de um casal precisam ser leves, no sentindo da harmonia das vibrações. E essa leveza se dá no que concerne as cobranças ( que são as verdadeiras causadoras dos conflitos). Quando nós seres humanos em geral compreendermos que nossas carências devem ser sanadas no caminho do autoconhecimento, na busca da espiritualidade e da consciência, daremos um grande salto no sentido da construção de relacionamentos verdadeiramente amorosos, que transmutarão completamente os nocivos focos de ciúmes, controle, posse, lamentação e carência.

Um relacionamento verdadeiramente baseado no amor é um relacionamento leve, com emoções superiores, que oferece liberdade para que ambas as partes possam separadamente ter suas identidades afloradas e desenvolvidas. Por consequência dessa conduta, as pessoas unidas pela força do sentimento sublime, poderão dar origem a histórias de profundo sucesso em todos os aspectos!

Reflita sobre a natureza do seu relacionamento conjugal ou sobre o sentimento que está em evidência se você está procurando alguém. Se você pretende saciar suas carências em outra pessoa, sua história a dois nem começou e já tem prazo de validade! Entretanto, se você quer alguém, ou já tem alguém para compartilhar e crescer junto, nessa sintonia e com essa consciência elevada, o caminho é muito próspero!

Medite sobre isso!

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Like this







some WORDS dont show Who I am

Some musics dont show what I'm Feel

you dont know Who I AM

you cant imagine what I CAN DO


Sorrow never will show ME

If you TRY

If you CRY

we could UNDERTOOD



segunda-feira, 2 de junho de 2014

E se....

O diagnóstico foi dado a alguns anos.

ninguém sabe. Ninguém saberia, na verdade.

ele olhou nos meus olhos e perguntou.

- Você não quer chamar alguém para vir junto com você?

- Não. Não tem ninguém que eu quero preocupar com isso.

- Então, como te disse a primeira vez, a minha desconfiança se concretizou...

Meu peito apertou. Um gelo percorreu meu ser. Engraçado. Não imaginava que seria assim.

- Eu sei. Não é fácil ouvir isso. ainda mais você na idade que tem, jovem.

- Quanto tempo?

- Pela análise laboratorial que fizemos nesses últimos 3 meses, posso fazer uma estimativa.

- Quanto tempo?

- Hum...talvez 3 anos, pode ser até uns 5 anos. Vai depender de você, na verdade.

- Como assim?

- Você sabe que ela se alastra devido a sua auto imunidade. Ela vai percorrer seu corpo se você assim permitir se auto destruir.


- Como faço? O que faço?

- Posso te aconselhar?

- Sim...

- Vá viver tudo que quiser, sem peso, sem culpa, sem mágoa...


E assim eu fui.  Decisões. Muitas dores, físicas, em decorrência dela, e da alma, em decorrência da própria vida.

Alguns anos já se passaram, e percebo uma debilidade física aumentando cada vez mais. Tento disfarçar.
Quantos anos?

Alguns...

Bem assim, ôooo

Algumas vezes não sabemos como agir, como falar, como fazer para simplesmente dizer, oi



nessas horas paro. Penso, penso, penso...



Penso muito né?









Mas e se nada disso fosse assim? E se tudo que lá atrás aconteceu tivesse sido de outra maneira?


Será que você teria agido de outra forma?




Será que nossas atitudes devem ser sempre pautadas pelas dos outros?

Ele fez isso por isso eu agi assim!!





Sei não...








Mas um dia....






Hoje estou como se eu tivesse sido atropelado por um caminhão, e é claro continuado vivo.

Se bem que eu acho que o motorista desse caminhão tá de sacanagem comigo.

Ele vira e mexe vem, me atropela, engata a ré  e passa por cima de novo.

Sabe quando você já nem se importa mais?

Olha no horizonte, vê aquele caminhão vindo, devagar, na mesma velocidade.

Acho que até vejo o sorriso no canto da boca, do motorista.

E ele dizendo: - ah ah ah, de novo, vamos passar por cima...!


Você se acostuma com algumas coisas.

Deixa de lutar.

De reclamar.

ahh quer sair da casa? Sai...

Ahhh estão te proibindo de ir...tá bom


Ahh você é o culpado de tudo! pega a senha da reclamação..e vai para aquela fila ali, aquela cheia de gente

Ahh sou muito isso ou aquilo!? uhum, próximo...

Ahh faz tudo errado!? Beleza!

Ahh eu sou grosso? Sou insensível? Ok!


Faça o que quer. Nunca esperei que agisse diferente mesmo. Nunca esperei que passasse por cima dos seus problemas e me visse, me entendesse.

Sabe, eu fiquei onde sempre estive.

Sabe eu não desisti de lutar, de trabalhar de me dedicar.

Ai é fácil vir, me acusar de ser o responsável pelo seu caminho, pela sua dor, pela sua frustração.

Eu forcei algo?

Eu obriguei você a sentir algo?

Sim, é você mesmo. Diz aí?

Olha para tudo que me frustrei também.

Pensa por exemplo que quando você disse que queria ajudar, trabalhar, ergueu as mangas e começou a trabalhar, parte do peso foi dividido e eu fiquei mais aliviado.

Aí, cria-se expectativas em cima de mim. Sempre assim

Não são correspondidas.

Aí, vira as costas e vai embora. Apesar de pedir, para voltar e ajudar. A tentar.

Fácil mesmo. Muito fácil. Tocar a própria vida. Deixar o que te faz mal. Extirpar como um câncer.

Ainda bem que há pessoas que apesar dos problemas, permanecem né? Imagina se todos que se cansam, que tem seus problemas gritando, que tem problemas com o outro abandonassem o trabalho? Onde você iria procurar ajuda?